Nessa primeira etapa da expedição, seis animais serão soltos no Rio Amazonas.
Trata-se da soltura de espécimes de peixes-boi que passaram pelo "Projeto Peixe-boi" e agora serão reintroduzidos à natureza e monitorados por um rádio transmissor adaptado para a densidade do rio.
A embarcação sairá às 8h do Porto, em frente à Praça Tiradentes, na Avenida Tapajós.
Hipocrates Chalkidis, biólogo que coordena o jardim zoológico, destaca que, para reverter o quadro de ameaça à extinção, projetos como estes são fundamentais, pois fortalecem o compromisso com a biodiversidade existente na fauna e flora brasileira, em especial na Amazônia.
“O Projeto Peixe-boi, do ZOUNAMA, é o único do estado do Pará que possui uma unidade na área urbana e uma unidade flutuante na região de rios. Nosso projeto surgiu da necessidade de abrigar os filhotes órfãos e que tiveram uma segunda chance de viver”, ressalta.
Para que estes animais tivessem uma segunda chance, foi necessária uma rede de apoio multidisciplinar. Neste projeto, estão envolvidos, por meio dos órgãos ambientais, comunidades ribeirinhas e profissionais comprometidos com o manejo e bem-estar animal para um resultado satisfatório, biólogos, médicos veterinários, tratadores, entre outros.
Peixe-boi da Amazônia
Endêmico da Bacia Amazônica, o peixe-boi (Trichechus inunguis) se distribui por todos os principais afluentes, rios menores e lagos, desde o Peru, Colômbia e Equador, até a foz, no Atlântico. No Brasil, ele está presente em praticamente todos os principais rios da Amazônia, mas é limitado por cachoeiras, corredeiras e por barragens. Ele é essencialmente herbívoro, não-ruminante e alimenta-se, principalmente, de plantas aquáticas e semiaquáticas, raízes e vegetação de áreas alagadas, incluindo frutos de palmeiras e dos igapós.
Lana Mota
Ascom/ Unama
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