O material é resultado de um trabalho que envolveu a confecção das roupas e ensaio da peça pelos próprios estudantes do 3° ao 5° ano do ensino fundamental.
E as margens do rio Curuá-Una, que o professor Lucas da Silva Santos, pedagogo recém-formado, encontrou o espaço ideal para colocar em prática suas habilidades, ou melhor, otimizar o uso das tecnologias na chamada metodologia ativa.
Com um celular na mão, uma mente cheia de ideias e uma turma de estudantes curiosa para manusear o aparelho, o professor colocou em execução sua atividade.Os próprios estudantes foram estimulados a encenarem algumas lendas, como a lenda do Curupira, do lobisomem e da Iara.
Não foi uma tarefa fácil, os pequenos, com orientação do professor confeccionaram suas próprias vestes, ou seja, as vestes das personagens, fizeram os ensaios e as gravações, como destaca o professor Lucas. “A ideia do filme veio também como uma forma de que os alunos de fato se sentissem dentro da história. Trabalhando desde a confecção das roupas e caracterização do personagem”.
Se para os pequenos estudantes, o esforço e a dedicação foi gratificante, agora imaginem para o professor, que teve que se desdobrar em ser diretor, cinegrafista, editor e executar tantas outras funções que um bom filme exige, seguro de que o conteúdo vai ficar fixado na memória de seus alunos. “Percebi que dessa forma a história ficou mais nítida para eles e é algo que eles não irão esquecer tão fácil, afinal eles contaram e foram atores da história”, comemorou o professor.
Concluídos os preparativos, a gravação e a edição, chegou a hora de exibir o filme curta metragem de quase 3 minutos, que deve ganhar espaços nos grupos de mensagens instantânes dos pais, colegas de trabalho e redes sociais da escola e do professor. Para os estudantes foi uma vitória atuarem com atores mirins e para o professor a certeza de dever cumprido e de uma aula bem proveitosa se apropriando das tecnologias, sem apagar o conhecimento tradicional.
“Com a intensão de garantir uma imaginação mais aprofundada nos personagens do folclore brasileiro tive a ideia de usar os próprios alunos para dramatizarem os personagens do folclore, usando a tecnologia e o próprio ambiente onde eles vivem para que isso possa ser realizado (Rios e floresta)”, enfatizou Lucas.
Professor Lucas, é responsável pela trissérie (3°, 4° e 5° ano) da sala externa da Escola São João, que funciona na Comunidade Porto Luiz de Sousa, as margens do rio Curuá-Una.