1 de nov. de 2021

Conheça Casamento na Maçonaria

No Brasil e no mundo existem vários tipos de cerimônia matrimonial. Uma delas, pouco vista por aí, é a que acontece na Maçonaria. Confira.



A reportagem do Poços Já Mulher conversou com um casal que realizou a cerimônia de consagração matrimonial na Loja Maçônica Estrela Caldense, em Poços de Caldas. 

Na época, a publicação fazia uma série de reportagens sobre os diferentes tipos de celebração, essa  fez parte da série especial #PartiuCasar, que foi publicada sobre o Mês das Noivas.




A fisioterapeuta Cielita Soares Franco, de 38 anos, conheceu o marido Luciano de Abreu, engenheiro eletricista também de 38 anos, ainda na adolescência. Depois de alguns encontros, os dois ‘se perderam’ no caminho. Em 2009 voltaram a se encontrar e, alguns meses depois, começaram a namorar. O namoro seguiu firme e no ano de 2011 o casal passou a pensar em casamento.


Cielita divorciada, a possibilidade de se casar novamente na Igreja Católica foi descartada. Como o pai e o noivo de Cielita são maçons, a ideia de realizar uma cerimônia na Loja Maçônica foi logo abraçada.  “Meu pai achou o máximo porque ele que era o venerável na época, que é tipo uma autoridade entre eles,  é o que preside a loja, então ele que iria realizar,” lembra Cielita.


O casal deixa claro que o que ocorre na maçonaria não é um casamento religioso e nem tem efeito civil. Trata-se de uma cerimônia de consagração matrimonial, uma confirmação do casamento que já ocorreu, seja no cartório ou até mesmo em uma igreja. Para que seja realizada, o noivo deve ser um membro da maçonaria. 

“Não é uma cerimônia religiosa, até porque a maçonaria não é uma religião. Então é uma consagração, uma confirmação. Até se a gente quisesse que o juiz de paz fosse lá, poderia, mas a gente não quis, porque achamos que seria mais emocionante sendo o pai dela”, explica Luciano.

cerimônia



A cerimônia teve tudo que um casamento tem direito. Padrinhos, daminhas, flores, música, alianças, votos. E mais: alguns simbolismos que fazem parte da maçonaria. Na entrada da noiva, maçons, que são considerados irmãos do noivo, erguem as espadas bem abaixo da abóbada de aço. Essa é uma forma de mostrar que a partir daquele momento a noiva faz parte da família formada pela maçonaria, passando, inclusive, a ser chamada de cunhada.


“A partir dali, independente do que aconteça, todos estão ali para nos ajudar, é como se fosse uma proteção deles”, conta Luciano. Firmados nos valores de respeito, comprometimento, fidelidade e principalmente amor, Cielita comenta o significado do momento.  “Eles se tratam como irmãos, então durante a cerimônia é falado que a partir daquele momento eu sou considerada cunhada e posso contar com eles como se fossem irmãos mesmo, da família.”


A cerimônia de consagração matrimonial na maçonaria é recheada de simbolismos.  Sobre o altar ficam a pira para vela e a pira para incenso, que representam, respectivamente, Deus sempre presente e elevação através do perfume de toda a energia boa que faz parte do momento.  O livro da Lei, no caso a Bíblia, também está presente, como em todas as reuniões dos maçons.


Os noivos tomam vinho em uma taça de cristal, que em seguida é quebrada, para que ninguém beba da felicidade deles. “Simboliza a nossa felicidade, o vinho porque na mitologia é a bebida dos deuses e no Cristianismo representa do sangue de Cristo. Mesmo não sendo uma religião, remete a isso. Depois a taça é quebrada, o que também tem uma representatividade”, destaca Cielita.




Luciano explica ainda que essa cerimônia só é realizada em lojas maçônicas. Segundo ele, em todas as reuniões maçônicas, mesmo as consagrações matrimoniais, algumas posições devem ser respeitadas. “Você teria que montar um templo fora da loja, mas para isso precisa consagrar esse templo.  Então, por exemplo,  se você for fazer em uma quadra, aí o grão-mestre tem que vir de Belo Horizonte consagrar o local para depois fazer a cerimônia, isso é mais complicado”, salienta.


Celebração aconteceu na Loja Maçônica Estrela Caldense.


Cielita e Luciano tiveram sua consagração matrimonial no dia nove de dezembro de 2011.


“Além da emoção normal de um casamento, ainda tem uma a mais por ter meu pai ali realizando a cerimônia, então foi bem forte. Eu segurei muito para não chorar, e teve  uma hora que ele (o pai) parou para respirar porque ele também estava segurando para não chorar.  Eu sou muito ligada ao meu pai, então foi bem emocionante”, relata a fisioterapeuta.

Fotos: arquivo pessoal/

redes sociais



Maguila, o ídolo esquecido


Detentor de muitas glórias, muitos títulos até mundiais no boxe, em uma carreira mais que promissora, hoje Adilson Maguila está esquecido em um asilo, sem os amigos que antes faziam festa a seu redor. Infelizmente a vida tem dessas coisas. Confira:

Parar de lutar nunca foi uma opção para José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila. Depois de muito tempo nocauteando oponentes pelo mundo, um adversário invisível começou a ameaçá-lo e, deste, ele não podia se esquivar. Há anos sendo golpeado duramente pela Encefalopatia Traumática Crônica, ele encontrou um novo aliado para combater a doença: a medicina canábica — isto é, com substâncias encontradas na planta cannabis, popularmente conhecida como maconha. Com pequenas doses diárias, o campeão parece voltar a ter qualidade de vida naquela que é sua luta mais longa até aqui.


A doença de Maguila, resultado de quase 20 anos de dedicação ao boxe, foi tomando conta da cabeça e se revelando em sinais nada sutis: o campeão dos ringues passou a querer brigar fora deles também. O peso-pesado, que sempre teve o riso fácil como marca registrada, agora estava agressivo.

Nos últimos anos, apesar da doença sem cura ter sido controlada, Maguila ficara ausente, lento, esquecido, preguiçoso e abatido.


Com acompanhamento médico especializado, Maguila e sua família agora celebram os bons resultados do tratamento alternativo com canabidiol. "Ele está mais atento", diz esposa


Vivendo há três anos no Centro Terapêutico Anjos de Deus, clínica em Itu, no interior paulista, Maguila, atualmente com 62 anos, tem uma rotina regrada e permeada de atividades que remetem ao auge da vida como lutador. Toma café pela manhã, faz fisioterapia, assiste a vídeos de lutas antigas — dele mesmo e de colegas de ringue — e, claro, proseia. As histórias que mais gosta de contar são da lendária luta contra Evander Holyfield e a amizade com o narrador Luciano do Valle.


Nos últimos tempos, porém, familiares e cuidadores perceberam certa estagnação no tratamento do ex-pugilista, que deixou de lado até mesmo o gosto pelos exercícios e socos em sacos de areia. "A doença tem picos. Tinha semana em que ele estava bem, semana que não. Ele precisa de muita medicação, então ficava mais sonolento, preguiçoso, apático, não queria acordar, sair da cama ou andar", relata Irani Pinheiro, advogada e esposa de Maguila.


Foi com base nesses relatos e exames clínicos que o neurologista Renato Anghinah, médico de Maguila há mais de oito anos e especialista em concussões cerebrais, sugeriu uma abordagem fitoterápica. "Optamos por entrar com o canabidiol já tem uns dois meses. Não é uma cura, mas traz benefícios no sentido da qualidade de vida. Deixa a pessoa mais tranquila, com uma sensação de bem-estar maior", explica.


Desde então, Maguila consome diariamente algumas gotas do óleo de canabidiol (CBD) isolado — sem moléculas de THC (tetrahidrocanabinol, substancia que "dá liga").


Ele tinha um olhar de infinito, sabe? Eu não sei como explicar isso. E com essa medicação eu percebi que ele olha mais no olho, está mais atento. Isso foi muito bom para ele." Irani Pinheiro.


Maguila foi diagnosticado com Encefalopatia Traumática Crônica, uma doença degenerativa, progressiva e irreversível, que costumava ser conhecida até os anos 90 como "demência pugilística". Apesar do nome popular, a condição, que prejudica a memória, a capacidade motora e altera o comportamento, pode afetar atletas de modalidades com constante impacto no crânio.


Por: Maria Victoria Poli/ UOL São Paulo.


31 de out. de 2021

Superação /Conheça a única atriz cega que trabalhou em novela de TV

Danieli Haloten ficou conhecida na novela Caras & Bocas.







No you tube, a atriz resolveu falar a respeito de uma forma simples, a fim de atingir o maior público possível.


“A ideia era falar sobre direitos em geral. Comecei até falando sobre Código de Defesa do Consumidor, mas notei que, ao falar sobre direito das pessoas com deficiência, as visualizações aumentaram, demonstrando que há uma carência de programas que falem sobre o assunto”, explica a jornalista, que está fazendo uma série sobre a Lei Brasileira de Inclusão, também conhecida como Estatuto da Pessoa com deficiência.


“Estou me sentindo, pessoal e profissionalmente, realizada. Porque estou utilizando o veículo da “televisão”, onde amo trabalhar, falando sobre um tema pelo qual sempre me interessei: o Direito, o qual julgo ser direito fundamental das pessoas“, afirma.


Saiba Mais- Danieli nasceu com glaucoma e enxergava um pouco mas, aos 10 anos de idade, perdeu a visão do olho direito em uma cirurgia mal sucedida. Doze anos depois, ficou cega do olho esquerdo. Mas conseguiu superar suas aparentes limitações...

A atriz  é de Curitiba, onde apresentava o “Danieli Multishow” na afiliada da Band. Em 2006, participou do “Profissão Repórter” com Caco Barcellos.

Por: Henrique Carlos/ Observatório da TV

30 de out. de 2021

Chico Xavier, santo ou charlatão?


O caso da carta de um morto que foi levado  ao Tribunal.


Bruna Hercog, do  Jornal A Tarde.


A vida de Chico Xavier foi marcada por acontecimentos polêmicos e, para muitos, inacreditáveis. Suas psicografias não eram assinadas apenas por renomados escritores e poetas já falecidos, mas também por gente que buscava, por meio de relatos além-túmulo, esclarecer acontecimentos ocorridos na Terra.


Alguns desses relatos foram levados em conta em tribunais de Justiça, marcando a história do País. Foi o que aconteceu em Goiânia, em maio de 1976. Uma mensagem psicografada por Chico Xavier, assinada por uma pessoa morta, foi utilizada pela primeira vez como prova para inocentar um réu.


Tudo começou quando a família de Maurício Garcez Henrique, morto aos 16 anos, foi ao encontro de Chico Xavier, a pedido do médium. Chico havia recebido uma carta do jovem na qual Maurício contava que a sua morte havia sido acidental. Na carta, Maurício contou que ele e o amigo José Divino Nunes – acusado de assassiná-lo – estavam brincando quando a arma disparou.


Os pais de Maurício ficaram impressionados, mas comprovaram a legitimidade da mensagem, que foi anexada às provas do processo. Em 16 de julho de 1979, o juiz Orimar de Bastos proferiu a sentença, inocentando José Divino Nunes, de 18 anos: “Temos de dar credibilidade à mensagem de Chico Xavier, apesar de a Justiça ainda não ter merecido nada igual, em que a própria vítima, após a sua morte, vem revelar e fornecer dados ao julgador para sentenciar”, lê-se na sentença do juiz.


Assassinato – A repercussão do fato na imprensa foi enorme, inclusive no exterior. Em 1982, o médium se envolveu em um episódio ainda mais polêmico: o assassinato do deputado federal Heitor de Alencar Furtado, filho de Alencar Furtado, ex-líder do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), cassado pelo AI-5. O policial José Aparecido Branco era acusado do crime. Mais uma vez, a habilidade mediúnica de Chico Xavier foi utilizada como recurso para esclarecer um crime.


Mensagens psicografadas por Chico e assinadas pelo deputado morto contavam como se desenrolou a morte e sustentavam que tudo tinha sido um acidente. A letra, assinatura e informações trazidas nas mensagens foram reconhecidas pelo pai de Heitor e anexadas aos autos do processo.


Em 1984, depois de mais de 30 horas de julgamento, o Tribunal do Júri de Mandaguari absolveu o policial. O promotor de justiça da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Davi Gallo Barouh, explica que a legislação processual brasileira não admite provas consideradas subjetivas, não-materiais, a exemplo das psicografias, que “nada mais são do que uma nova versão dos fatos, narrada pelo espírito de alguém que já morreu”, como definiu.


No entanto, Barouh destaca que, em casos como os que Chico Xavier esteve envolvido, as psicografias foram adicionadas a outras provas e testemunhos. “As mensagens psicografadas podem servir como mais um elemento no acervo probatório e, se cruzadas com outros elementos concretos, podem, sim, auxiliar na resolução de processos penais”, conclui o promotor Davi Gallo Barouh.


Espiritos "materializados" ao lado de Chico Xavier – As primeiras experiências de Chico Xavier com os processos denominados de “materialização” começaram a ser feitas quando o médium conheceu Francisco Peixoto Lins, o Peixotinho, outra figura exponencial da história do espiritismo no Brasil. Cearense, órfão desde pequeno, Peixotinho seguiu aos 14 anos, sozinho, para o Amazonas para tentar a sorte nos seringais e, depois de várias aventuras e de um processo de desenvolvimento espiritual, passou a morar na cidade do Rio de Janeiro, onde fundou um centro espírita.


Peixotinho era considerado especialista em fenômenos de materialização: a partir do ectoplasma de uma pessoa, os espíritos se manifestavam e ganhavam corpo diante de todos que assistiam à seção. Na parapsicologia, o ectoplasma é definido como uma espécie de vapor esbranquiçado que sai, geralmente, da boca do médium. Chico Xavier conheceu Peixotinho por volta de 1948.


Inicialmente, Chico apenas assistia às seções. Mas, em pouco tempo, o médium já estava emprestando o seu ectoplasma para materializar espíritos. Muitas seções foram fotografadas, e a notícia desses eventos espetaculares começou a se espalhar por todo o País.


Várias foram as tentativas de desmascarar Peixotinho e Chico Xavier, mas ninguém conseguiu provar se existiam truques nas materializações que faziam, não poucas vezes, com dezenas de pessoas como testemunhas. O jornalista Marcel Souto Maior, autor do livro As Vidas de Chico Xavier, primeira biografia jornalística publicada sobre o médium mineiro, nunca assistiu a uma seção de materialização.


Mas, ao conversar com Chico sobre o assunto, foi informado pelo médium de que ele havia decidido parar de realizar esse tipo de evento – que, pelo seu caráter espetaculoso, ganhava grande espaço na mídia e atraía centenas de curiosos – a pedido de seu mentor espiritual, Emmanuel.


O mentor espiritual de Chico teria dito a ele:  “Sua missão é escrever os livros, por isso não deve perder tempo dedicando-se a práticas  de materialização”.












29 de out. de 2021

Alunos do Curso de Psicologia do Iespes visitam Adevibam

"O deficiente visual não é coitadinho".


Com base nesta afirmação, foi que os alunos do Curso de Psicologia do 8*  Semestre do Iespes, em companhia da professora Maria das Dores, da disciplina "Psicologia da Pessoa com Deficiência ", estiveram na manhã desta sexta feira, dia 29, nas instalações da Adevibam, Associação dos Deficientes Visuais do Médio e Baixo Amazonas, em Santarém, para contato com a realidade dos associados da Instituição e os estudantes,  futuros psicólogos. 


Foram recebidos pelo presidente da Entidade, Ivanildon Cardoso, e corpo técnico operacional da Adevibam.

Depois ouviram a psicóloga da Adevibam, dra. Rosilda, a diretora social Jane Soares e a fala do presidente Ivanilson Cardoso,  entre outros presentes ao evento, que abordaram  sobre auto estima e superação da pessoa com deficiência visual. Sendo ele mesmo, Ivanilson,  um grande exemplo de superação!!!


Ao final da visita, a professora Maria das Dores, do Iespes, destacou: " o deficiente visual não é nenhum coitadinho; são pessoas com muita alegria, autonomia e vontade de viver e liberdade, isso que é a grande lição, o esperado".

28 de out. de 2021

Mister Jazz. Louis Armstrong, "sachtmo"!!!

"Ele não inventou o Jazz, mas foi a primeira figura importante do Jazz". New York Times.


Por: Terry Teachou

ESPECIAL PARA O "NYT BOOK REVIEW"


Minha piada preferida sobre Louis Armstrong diz respeito ao seu encontro com o papa Paulo 6º.

Sua Santidade, assim contam, perguntou a Armstrong se ele e sua esposa tinham filhos. "Não, paizinho", replicou alegremente o trompetista, "mas ainda estamos nos lamentando."

As chances de Armstrong ter realmente dito isso são quase nulas, mas é o tipo de coisa que gostaríamos que ele houvesse falado, e os dois homens de fato se encontraram no Vaticano em 1968.

Talvez estivesse pensando no quão longe havia chegado, de Nova Orleans, onde nasceu na completa miséria, em 1901, filho bastardo de uma menina de 15 anos que não fazia a mínima idéia de que seu filho mudaria a cara da música ocidental.

Mas se tornou a primeira grande influência do jazz, e uma das razões pelas quais permanece lenda é que foi tão grande como personalidade quanto como músico.


Tal homem é assunto natural para biógrafos. O último deles acabou de nos presentear com o primeiro estudo completo sobre Armstrong baseado em seus escritos particulares, agora de posse do Queens College's Louis Armstrong Archives.


Porém Laurence Bergreen é um biógrafo, não um estudioso do jazz, e a primeiríssima frase do seu livro "Louis Armstrong - Uma Vida Extravagante" aponta para uma confusão: "No início, ele era um som e somente um som, uma estranha mistura de cacofonia feliz e miado atormentado".


Nenhum compositor de jazz que se respeite teria permitido que uma frase como essa fosse impressa, e Bergreen, apesar de ser claramente um pesquisador assíduo, escreve como se o jazz fosse uma língua estrangeira que ele houvesse estudado já tarde na vida com o único propósito de escrever a biografia de Armstrong.

Inúmeras outras passagens sugerem, colocando a coisa o mais sutilmente possível, que Bergreen chegou tarde à festa.


O fato de o escritor não ter nada de aproveitável para dizer sobre o Armstrong músico necessariamente desequilibra seu livro, mas isso não quer dizer que "Louis Armstrong - Uma Vida Extravagante" é isento de mérito.

(Gary Giddins trouxe muito do mesmo material em seu livro de 1988, "Sachtmo", ainda o melhor tratamento de pequeno porte dado à vida de Armstrong.)

Como os leitores de "Sachtmo: Minha Vida em Nova Orleans" (1954) bem sabem, Armstrong foi um maravilhoso escritor, e sendo seus escritos e suas cartas contribuições de suma importância à literatura de jazz, o livro de Bergreen servirá como um meio caminho até que um editor esperto, notando que o centenário de Armstrong está aí, finalmente caia em si.

Essa frase pode soar frágil quando aplicada a um homem cujo apetite por maconha só se comparava a seu interesse por sexo.

(Armstrong, revela Bergreen, escrevia novelas pornográficas, além de ter traído entusiasticamente todas as suas quatro mulheres.)


Mas, quando o assunto é trabalho, Armstrong foi sem dúvida vitoriano. "Os escritos autobiográficos de Louis, sem suas piadas indecentes e reflexões sobre jazz, podem ser vistos como uma série de lições morais", observa Bergreen.

E ele está certíssimo: o "american dream" não teve exemplar mais leal.

Abandonado por seu pai biólogo ao nascer, condenado aos 11 anos ao Colored Waif's Home, em Nova Orleans, Armstrong não se queixou: ao contrário, devolveu amor aos desprezados e procurou a salvação por meio do trabalho.


"Acho que tive uma vida bonita", contou a um repórter um ano antes de sua morte, em 1971. "Não desejei nada que não pudesse ter e cheguei bem perto de tudo que quis porque trabalhei para isso."


A integridade moral de Armstrong foi apreendida nas palavras que sua mãe lhe disse em seu leito de morte, em 1927: "Filho, vá em frente. Você é um menino bom. Você trata todo mundo bem, e gente branca e de cor te adora. Você tem o coração bom. Não pode se dar mal".

Trinta e sete anos mais tarde, eu o vi pela primeira vez, cantando "Hello, Dolly", no "Ed Sullivan Show".

Eu não sabia quem era o velho com um sorriso de orelha a orelha, mas posso me lembrar da minha mãe me chamando na sala e dizendo: "Esse homem não vai estar por aí para sempre. Um dia você vai ficar contente de tê-lo visto".

Era 1964, quando as escolas públicas de minha cidade natal eram segregadas, duas décadas depois de um negro ser arrancado de nossa prisão municipal, arrastado pelas ruas da cidade amarrado numa corda e incendiado.

No entanto, mesmo num lugar onde tamanha monstruosidade foi cometida um dia, pessoas brancas começaram a amar Louis Armstrong -e, tão importante quanto, a respeitá-lo-, não apenas pela beleza da música que fazia, mas também pelo talento evidente do homem que a tinha feito.

Nesse fato não tão simples, encontra-se o significado definitivo da jornada épica de Armstrong, da esqualidez à imortalidade: sua arte grande e generosa falou a todos os homens em todas as condições e ajudou a fazê-los íntegros.


Livro: Louis Armstrong - Uma Vida Extravagante

Autor: Laurence Bergreen

Lançamento: Broadway Books


Tradução: Ana Carolina Mesquita.

Herdeiros prejudicados pela SEFA

Vereador Peninha, denuncia Morosidade da SEFA; " que gera prejuizo ao contribuinte e ao Estado"



O Edil lembrou que o ITCDM é um imposto que os Estados e o Distrito Federal  cobram, amparado na Constituição Federal de  1988.

Ainda que cada Estado possua certa discricionariedade na instituição do ITCMD em seu território, é certo que não há muito como divergir em matéria de definição do contribuinte do imposto, considerando-se suas hipóteses de incidência, ressaltou Peninha.


Assim, prosseguiu o parlamentar, são contribuintes do ITCMD: na transmissão causa mortis: o herdeiro ou legatário; na doação: o donatário; na cessão de herança de bem ou direito a título não oneroso: cessionário.


A alíquota para a aplicação da cobrança do ITCMD varia no Pará, de 4% a 8%,destacou o vereador Peninha.


O Estado arrecada um valor bem alto deste imposto, afirmou o vereador. Por exemplo, uma área de 2.499,6811 hectares. O valor por hectare de acordo com a tabela do INCRA é R$ 3.500,00. A forma de cálculo: 2.499,6811 hectares X R$ 3.500,00 = R$ 8.748.883,83. A base  de cálculo para o imposto – ITCMD é DE 50%: R$ 4.374.441,9. IMPOSTO: R$ 4.574.441,91 X 4% = R$ 174.977,67. O valor a ser recolhido ao Estado de imposto será de R$ 174.977,67.

“Vejam que o valor é bem alto. Diferente do ISS, que é de 2%, que os municípios cobram pelo Imposto de Transmissão de Bens de Imóveis (ITBI)”, lembrou Peninha.


Porém, não é o preço cobrado pelo Estado que preocupa os contribuintes e sim a morosidade, disse Peninha. A demora na emissão dos boletos para pagar. Tem casos que já faz mais de seis meses e até hoje ainda não foi liberado o boleto para o recolhimento do ITCMD, afirmou.


“Pior, colegas vereadores, é que só a SEFA em Belém que faz este cálculo, e só Belém emite este boleto para pagar o imposto”, frisou Peninha.


Prosseguindo, disse o vereador que existem dezenas de solicitações em Belém que até hoje não foram calculadas e na maioria das vezes herdeiros precisam recolher este imposto, pois já fora até vendido o imóvel. Todavia, por causa do atraso, lentidão e morosidade da emissão do boleto para pagar este imposto os negócios ficam empacados, causando prejuízos tanto para o Estado, que não recolhe o imposto, como para os contribuintes.


Hoje, disse Peninha, “precisamos desburocratizar o serviço público. O Estado precisa de dinheiro e precisa agilizar estes serviços, porque, pelo que sabemos, apenas uma ou duas pessoas somente fazem estes cálculos em Belém e centenas de processos já tramitam na SEFA há algum tempo sem resposta. Esta tudo concentrado na Capital do Estado”, criticou o vereador.


Peninha lembrou que o Estado tem nas regiões as delegacias que poderiam fazer este serviço, por isso solicitou que a Câmara Municipal de Itaituba encaminhe documento ao Secretário Estadual de Fazenda para que autorize a descentralização dos cálculos e emissão dos boletos para recolhimento dos ITCDM para as delegacias da SEFA fazerem este serviço dos casos que tratam de imóveis por região.


Jornal O Impacto/ Santarém 








Gestão Nélio Aguiar e o Brilho da Cidade Pérola do Tapajós!!!

Verdade; Com o Prefeito Nélio Aguiar, Santarém Avançou e Melhorou!!!